3 de ago. de 2008

Vamos entender como acontece a aromaterapia...

No artigo anterior, vimos que o termo "aromaterapia" foi usado pela primeira vez pelo químico francês René-Maurice Gatefossé que, acidentalmente, descobriu as propriedades terapêuticas dos óleos essenciais. Vimos, também, que todo óleo essencial possui ingredientes ativos que agem no corpo por meio da inalação ou da absorção pelos poros da pele.
Vamos entender como isso acontece:
Pela inalação..

O aroma penetra pelo nariz e as células olfativas captam as moléculas aromáticas por meio dos cílios, enviando impulsos nervosos para o sistema límbico, no cérebro. Com a chegada dos impulsos nervosos, o sistema límbico (uma espécie de arquivo de cheiros e sensações) reconhece as moléculas aromáticas e as identifica. É por isso que certos aromas são capazes de afetar nosso humor, trazer lembranças, provocar sentimentos de alegria, tristeza, saudade, etc.
Prosseguindo o caminho, o sistema límbico passa a informação sobre o aroma para o hipotálamo que, por sua vez, repassa para a hipófise. A informação vai, então, para outras glândulas e influencia a atividade imunológica, o batimento cardíaco, a produção de enzimas e hormônios.
As moléculas aromáticas que entram pelo nariz também seguem pelas vias respiratórias até o pulmão. Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas. De lá, a moléculas vão para o sangue junto com o oxigênio.
Pela pele...

Os óleos essenciais aplicados na pele entram pelos poros e vão para os vasos sangüíneos que irrigam a derme. Depois, seguem para a corrente sangüínea, para o sistema linfático, músculos e órgãos.
O portão de entrada para a alma

O uso da aromaterapia como auxiliar no tratamento de problemas emocionais ou psíquicos é ainda muito questionado. A psicoaromaterapia - termo criado por RobertTisserand – é um dos temas que mais geram debates quando se trata da aplicação de óleos essenciais em terapias. Mas, o que não podemos negar, é que os aromas estão intimamente relacionados às emoções. Sobre isso, Marcel Lavabre tratou com bastante propriedade em uma de suas obras:
"As experiências mais fortes e profundas costumam vir acompanhadas de sensações olfativas. Todas as tradições, mesmo a mais puritanas, já experimentaram o poder das fragrâncias; toda religião conhece seu uso cerimonial (geralmente ligado a sons e cores) com o intuito de provocar a elevação espiritual dos fiéis. ... Uma fragrância é capaz de suscitar as sensações mais profundas e, ao mesmo tempo mais fugidias. Como a felicidade, o amor ou o riso, os cheiros nos pegam quase de surpresa e se esvaem assim que tentamos nos apoderar deles. Quer estejamos andando na rua, cuidando do jardim, passeando na mata ou tomando um cafezinho, de repente somos tomados por uma emanação misteriosa que invade nossas narinas e abre a portas de uma magia".
Para saber mais:
Aromaterapia – A Cura pelos Óleos Esenciais – Marcel Lavabre – Editora Record Nova Era
A Arte da Aromaterapia – Robert Tisserand – Editora C.W.

Nenhum comentário: